Este guia propõe atividades reflexivas e interdisciplinares para aprofundar os temas do jogo Remember-Me (trabalho infantil, racismo, envelhecimento, violência estrutural e ecoformação), alinhando-se às Cinco Pedagogias para Paz (Salles Filho, 2019) e à abordagem crítica de Freire.
Objetivo: debater as violações de direitos humanos vividas pela personagem.
Atividade:
Exibir cenas chave do jogo (ex.: Aurora catando lixo, a mãe doente, o desaparecimento do irmão).
Perguntas direcionadoras:
Por que Aurora precisava trabalhar? Isso é justo? (Trabalho infantil)
Como a cor da pele de Aurora pode ter influenciado sua história? (Racismo estrutural)
O que a saúde mental da mãe revela sobre o sistema de apoio aos idosos?"(envelhecimento e direitos sociais)
Fundamentação: conexão com a Pedagogia dos Direitos Humanos e Teoria Sócio-Histórica de Vygotsky (contexto social determina a vida).
Objetivo: visualizar as causas e efeitos da desigualdade.
Atividade:
Dividir a turma em grupos. Cada grupo recebe um tema do jogo (ex.: trabalho infantil, poluição, saúde mental).
Criar um mapa mental ou cartaz com:
Causas (ex.: pobreza, falta de políticas públicas).
Consequências (ex.: evasão escolar, doenças).
Soluções coletivas (ex.: projetos de reciclagem comunitária).
Fundamentação teórica: Pedagogia da Conflitologia (Salles Filho) e Freire (conscientização pela problematização).
Objetivo: vivenciar dilemas éticos similares aos do jogo.
Atividade:
Cenários baseados no jogo (ex.: "Aurora precisa escolher entre ir à escola ou catar lixo para comer").
Os alunos assumem papéis (Aurora, mãe, professor, político) e debatem soluções.
Reflexão final: O que falta para mudar essa realidade?
Fundamentação: Pedagogia das Vivências (empatia) e Metodologias Ativas.
Objetivo: associar justiça social e ambiental.
Atividade:
Assistir a documentários sobre catadores de lixo (ex.: "Lixo Extraordinário").
Construir uma campanha escolar de reciclagem ou horta comunitária, inspirada na mecânica de purificação do jogo.
Registrar fotos/vídeos e compartilhar nas redes da escola com a hashtag #RememberMePaz, por exemplo.
Fundamentação: Pedagogia da Ecoformação (Salles Filho) e ODS da ONU.
Objetivo: Expressar emocionalmente o aprendizado.
Atividade:
Escrever cartas ou criar quadrinhos para Aurora, respondendo:
"O que você diria para ajudá-la?"
"Como sua comunidade pode mudar essa história?"
Exposição das cartas no mural da escola.
Fundamentação: Pedagogia dos Valores Humanos (solidariedade) e BNCC (habilidades socioemocionais).
Objetivo: comparar ficção e realidade local.
Atividade:
Pesquisar dados sobre trabalho infantil no Brasil (IBGE, UNICEF) e na região da escola.
Entrevistar um assistente social ou conselheiro tutelar (presencial ou por vídeo).
Criar um podcast ou jornal mural com os resultados.
Fundamentação: Freire (educação como prática da liberdade) e Pesquisa Participante.
Portfólio digital: compilar todas as atividades em um blog ou mural virtual.
Autoavaliação: os alunos preenchem um formulário com:
"O que aprendi sobre direitos humanos?"
"Como posso agir na minha comunidade?"
Filmes: "Crianças Invisíveis" (2005), "O Menino e o Mundo" (2013).
Livros: "O Direito à Paz" (Xesús Jares), "Pedagogia do Oprimido" (Freire).
Por que essas ações funcionaria?
Pois bem, as atividades sugeridas usam estratégias multimodais (debate, arte, pesquisa) para converter a experiência lúdica do jogo em ação crítica, cumprindo o papel da escola como espaço de transformação (Freire, 1987). O guia também atende à Lei 13.663/2018, que prevê a cultura de paz no currículo escolar. Então, agora é contigo.