Você já parou para pensar que a palavra "paz" pode significar coisas diferentes dependendo de quem a usa? para alguns, é apenas a ausência de guerra. Para outros, é algo muito maior: justiça social, dignidade humana e oportunidades iguais para todos.
Neste texto, vamos explorar como a Cultura de Paz vai muito além de um conceito vago e idealizado. Ela é uma construção ativa, que exige diálogo, educação e mudanças profundas na sociedade. E o melhor: você, como educador(a), pode ser um agente dessa transformação.
O pesquisador Johan Galtung nos ajuda a entender que existem dois tipos de paz:
✅ Paz Negativa → apenas a ausência de conflitos armados.
✅ Paz Positiva → a construção de uma sociedade justa, onde as necessidades básicas são atendidas e as violências estruturais (como pobreza e discriminação) são combatidas.
Ou seja, não adianta dizer que há paz em um país onde pessoas passam fome, sofrem violência policial ou não têm acesso à educação. Paz de verdade exige mudanças concretas.
O educador Xesús Jares critica a visão limitada de que paz é só "não ter guerra". Ele explica que essa ideia vem de uma tradição ocidental que ignora outras formas de violência, como:
🔴 Violência estrutural (desigualdade social, racismo, machismo)
🔴 Violência cultural (discriminação, discursos de ódio, exclusão)
Para Jares, a paz se aprende. E a escola é um espaço fundamental para isso.
O brasileiro Nei Salles Filho reforça que a paz não é um estado passivo, mas um processo contínuo de luta por direitos humanos. Ele propõe que:
✔️ Conflitos não devem ser evitados, mas transformados em oportunidades de diálogo e aprendizado.
✔️ A educação para a paz deve ser multidisciplinar, envolvendo arte, história, sociologia e até jogos digitais.
✔️ A mudança começa nas pequenas ações – como debates em sala, projetos comunitários e o incentivo à empatia.
Você sabia que os games podem ser ferramentas poderosas para ensinar sobre paz? Jogos como Remember-me (que aborda trabalho infantil e desigualdade) mostram como a tecnologia pode ajudar na formação de cidadãos críticos e conscientes.
Ainda há poucas pesquisas sobre games e educação para paz, mas o potencial é enorme!