Do latim ludos e jocu a palavra gracejo nos traz o significado epistemológico do jogo na atualidade. Ao qual, segundo Pereira (2013) nos possibilita expressar brincadeiras, o divertimento e até mesmo a aprendizagem, seguindo regras sem o sentimento da tradicionalidade ou obrigação.

Logo, é por este pressuposto, que se busca nos games, formas, de fomentar o processo reflexivo sobre direitos humanos na educação, através da ludicidade, em específico através da aprendizagem baseada em jogo. Considerando que o jogo, é como uma assimilação da realidade, ao qual, nos permite modificar, tentar, errar e tentar novamente, trazendo significados da realidade, mas sem o medo de não poder retornar a fase inicial.

Discutir sobre jogos é debater sobre a importância da diversão e da aprendizagem por meio da brincadeira (Pereira, 2013). Deste modo, se epistemologicamente, compreendemos os jogos como uma forma tradicional de aprendizagem, por que esta ferramenta não se encontra em todos os espaços educacionais?

Pereira (2013) e Silva (2016) discutem que tanto a sociedade quanto as instituições de ensino, necessitam compreender que os jogos didáticos contribuem para facilitar o processo de aprendizagem e aumenta a sensibilidade dos alunos, por meio do estreitamento da amizade e efetividade e, facilita a socialização, a motivação, participação ativa e a reflexão crítica.

Por esta razão, que se discute a ludicidade presente nos jogos, a qual, permite criar no imaginário uma disputa saudável que transpassa o fenômeno físico e o psicológico. Isso porque, o jogo é, um ato voluntário realizado como evasão da vida real, limitado pelo tempo e espaço, criando a ordem através de uma perfeição temporária (Lucchese; Ribeiro, 2015). Quer seja pela representação, quer seja pela interação, pelo conflito e pela segurança possibilizada pelo jogo e pelo imaginário.

Neste sentido, reforça-se que os jogos digitais são recursos pedagógicos eficazes para promover uma aprendizagem ativa, desenvolvendo habilidades cognitivas, técnicas e socioemocionais (Branco, 2011; Albuquerque, 2013). 

Pois, além do aspecto técnico, os jogos digitais podem fomentar valores sociais, como inclusão e cooperação, embora essa potencialidade ainda seja subexplorada. Contudo, é válido destacar que, até o presente momento, não existem artigos que discutam sobre a presença de jogos digitais que discutem diretamente sobre Direitos Humanos e ou Cultura de Paz. Por esta razão que se percebeu a necessidade de abordar este tema e criar um jogo com esta finalidade.